História - Doutorado 10P7D |
Disciplina
Teoria da História ( 10P7D29 ) |
Unidade
História - Doutorado |
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Tipo
Obrigatória |
Período Ideal no Curso
Não consta |
Nota Mínima para Aprovação
7.0 |
Carga Horária
60 |
Nº de Créditos
4 |
O paradigma da História Social, dos sujeitos coletivos e da análise dos processos sociais objetivos, contrapôs-se à chamada história tradicional,
centrada na ação dos grandes homens e acontecimentos. Esse paradigma se constituiu no momento fundante da moderna prática
historiográfica e alimentou-se de duas vertentes do pensamento social ocidental: o marxismo e a sociologia. Apesar da força adquirida no
segundo pós-Guerra, o paradigma da História Social nunca foi completamente estabelecido no mundo acadêmico. A concepção tradicional do
fazer historiográfico, apesar de abalada, continuou presente. A guinada estruturalista das Ciências Sociais e Humanas evidenciou-se insuficiente
para dar conta das questões atinentes ao processo histórico, notadamente suas singularidades. Os últimos anos da década de 1970 assistiram
à crise do socialismo, ao enfraquecimento do movimento operário enquanto sujeito coletivo no cenário europeu e à ascensão do neoliberalismo.
Esses fatos, por um lado, além de facilitarem a crítica ao marxismo, criaram um ambiente intelectual e acadêmico hostil ao paradigma social.
Ambiente em que passou a predominar certo individualismo metodológico. Assim, depois de atingir seu momento de máxima entre meados da
década de 1960 e início da de 1970, a História Social passou a ser sistematicamente confrontada: pelas críticas aos discursos totalizantes; pela
micro-história; pela volta da narrativa e da história política; pela nova história cultural e pela virada linguística. A falência do modelo neoliberal, as
crises econômicas e sociais nos últimos anos, o agravamento da questão ambiental tornam inevitável a revisão das críticas ao paradigma social
e a colocação das análises processuais e estruturais sob uma nova luz.
Discutir a importância da História Social no mundo contemporâneo; revisar as críticas ao paradigma social e retomar a percurso de
desenvolvimento da história social; discutir criticamente a história cultural e a virada lingüística; realizar a crítica do paradigma da agência;
buscar avançar a História Social a partir das contribuições trazidas por este paradigma.