O curso analisa a doença como um construto histórico determinado pelas concepções de tempo e espaço. Tais concepções compõem o pensamento religioso, filosófico e científico de cada época, ao passo que seus restos históricos sedimentam-se no senso comum. Parte-se da premissa de que todo esse conjunto estrutura a categoria doença e que mudanças radicais de tempo e espaço engendram mudanças radicais em seus elementos constitutivos - causa, contágio, transmissão e controle. Como caso de estudo, discute-se a contraditória convivência de concepções Antigas e Modernas, exemplificadas no caso da sífilis e aids.